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Em busca do meu próprio e particular processo criativo comecei de forma intuitiva e orgânica – foram praticamente dois anos – a fotografar o cotidiano das pessoas por onde eu passava. Era a bagagem que eu precisava para o próximo passo, a construção de cenários idealizados que pudessem representar minhas ideias, não daquilo que fotografava, mas daquilo que sentia. Nessa tentativa de representar o significado do que era retratado é que surgiu a “PhotoSculp”, uma forma de modelar meus pensamentos, onde tenho a presunção do controle da criação. A partir de fotos tradicionais como base, passo a esculpir minhas obras em programas de 3D como se estivesse dentro de um grande estúdio virtual, mais que isso, dentro do próprio vácou onde tudo se comporta como planejado. Por fim, através de impressões em papel 100% algodão, as obras retornam ao mundo tátil, real e imprevisível para interagir com seu observador e gerar nele a sua única e pessoal conclusão.
Jan-ken-pon é minha primeira série construida nesse processo criativo, uma reflexão a partir do universal jogo infantil “Pedra, Papel e Tesoura” que desde cedo ensina a tratar o resultado das nossas escolhas como sorte ou mesmo destino. A idealização das obras na forma de “PhotoSculptures” foi escolhida como meio de expressão para ressaltar o instante em que os objetos propositalmente parados no tempo e espaço convidam o observador a romper (ou não) com as regras já pré-estabelecidas. Pedra, papel ou tesoura? A sorte está nas nossas mãos?